Jan 23, 2008

Princesse de Clèves

La Princesse de Clèves


Razões altíssimas elevam
o passado de seu nome
na corte, quando a honra
se opusera ao folgar do coração

Quis a ventura ser seu olhar
cruzado por
aquele que entre os pares do reino
em excelência, distinção, no lidar manejado da palavra
a todos superava, único
digno de sua adormecida paixão

Não mais o quitava seu coração descomposto
que a outro por direito pertencia
pelo excesso de serem um para um
seu
coração armadilhado

goza
Enfim suspiro entregue
ao senhor de meu só querer
são estes os seus lábios
meu amor em quem almejo

dividido meu desejo
repartido o coração e a vontade

Senhor
que sobre minha vontade
recta
vos ergueis,
diz a princesa

Trocavam sinais
por gestos e modos
apenas entre Si
adivinhados

Se em vos ver
a vontade se me
escapa
vencida

diz

por duas vezes morta: antes
de ter dono o peito aberto
e agora que de vós se aparta
tudo

em ardor me consome
sua ausência.
Ide não

Sequer a palavra, doce olhar

incendiada embora se derriba

cresce só a vista da
quele outro que

é a loucura cesura que
em tantas
a divide

persegue pois por palácios seu degredo
tentada à raiz da inteireza
parado enfim o coração
Porém




Fevereiro 2004

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