Sep 23, 2008

borboleta




as borboletas, fadas e outros entes alados levam-nos de viagem
às vezes precisamos de ser leves

amarelo refinado



para sorrir

ciclo



fecha-se a praia, encerra-se a época estival,
lavo daqui minhas mãos, sabemos o ciclo

bom caminhar ao vento
junto ao mar
com amigo sós no inverno

Sep 22, 2008

gato Ghandi



é já famosa a história do seu nome, contraposto ao Al Capone, seu irmão indomável. é este o outro guardião felino que me acompanha em casa

a árvore, esta árvore




para me acercar dela, sentir-lhe os veios do tempo no tronco pisei a relva proibida (keep off the lawn) na vetusta Trinity College. depois encostei-me àquela sombra, iluminando outro dia cinza, e deixei-me estar, escondida.

as árvores chamam de novo, dão-nos tapete de folhas para pisar, crepitantes, para apanhar, pintadas, neste primeiro dia de outono.

série coração



Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís Vaz de Camões
(claro!)

Sep 17, 2008

gata Eva



certo teórico de renome citado em conferência (onde andam esses e outros apontamentos, pergunto-me) dizia sentir-se varado com o olhar do seu gato, ao sair nu do chuveiro. é admirável a fundura destas miradas contemplativas, contra a couraça racional com que nos vestimos dia a dia.
que privilégio ter bichos amigos, ronronantes pela manhã na cama

Sep 15, 2008

oh, mar




o mar nos últimos dias de verão chamando a pele ao frio à certeza do movimento das estações

Sep 13, 2008

série ferrugem



as coisas que dá um lago, quando desce

Sep 8, 2008

onde te eleva






vai
onde te leva
o ar
riscando
a tela

do escuro
dois braços
vela aberta
punhos de bailar
semeio o corpo
joelho dedos

vai
onde te leva
o resgate
rasgando
a cena

cintura vertida
pé ao alto
dançarás
debruada
na luz,
súbita

cabelo
radiante
nesse impulso
vivo
vai.


(este texto foi feito a pedido, inspirado pulado por esta fotografia de Guy Delahaye)

maçã



a costa alentejana é maravilhosa para dormir nas dunas com raposas, correr na praia ao vento, comer camarinhas (arbustos desenhados na luz exacta do início de setembro, quase outono), entrar no mar de rompante ou pontapear a espuma das ondas contra a luz pérolas, comer chocolate derretido escorrendo na camisola, receber o tambor do mar cá dentro horas e horas a fio, corrente. é bom partilhar maçãs à beira mar.

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